quarta-feira, 14 de agosto de 2013

RELATO DA EXPEDIÇÃO DA SERRA DO RIO DO RASTRO

No oitavo dia do mês de Julho quatro amigos se combinaram para dar uma volta de moto Arnilton de XT 660, Ciro de Vstrom 1000, Ercilio de Vstrom 650 e Luiz de Falcon 400i, se tratava da Expedição da Serra do Rio Rastro, o trajeto também incluía uma passagem em terras estrangeiras, o maior encontro de motos da América Latina, a tríplice fronteira, a trechos da Estrada Real, algumas cidades históricas das Minas Gerais dentre outras.
Reunimo-nos em um posto na saída e Mossoró-RN para festejar a saída, irmãos de sangue irmãos de estrada, mães, esposas, filhos, primos, a emoção foi grande naquela saída, ligamos as motos aceleramos as motos RPM “a mil” da mesma forma que batia nossos corações lagrimas escorriam, e assim saímos até Itau-RN onde encontraríamos o quarto integrante.
Chegamos no trevo de onde encontraríamos com o quarto amigo que estava vindo de Olho D’agua dos Borges, esperamos, esperamos, esperamos e esperamos por quase uma hora até o Calango Ercilio chegasse, ligamos as motos e seguimos rumo a cidade de Salgueiro, não distante dali em Pau dos Ferros minha XT660 ferveu devido a má vedação da tampa do radiador, esperamos esfriar e completamos o fluido de refrigeração.
O imprevisto da tampa do radiador junto com a espera pelo Calango e paradas não programadas devido a preparação inadequada chegamos em Salgueiro-PE às 19:10h já tínhamos percorrido 430 km, ficamos na casa do meu irmão, esqueci de dizer a ele que estamos devendo uma cadeira.
Segundo dia, saímos às 5h da manha tínhamos 915 km pela frente, trecho longo de retas, porém com muitos animais, ainda pela manha próximo a Euclides da Cunha nos encontramos com a chuva foi por volta de 60 km de chuva, devido ao vento contra e a velocidade elevada para a Falcon 130~140 km/h a mesma quase faltava gasolina no abastecimento o tanque que é de 15 litros foi completado com 15,4 litros (bomba adulterada), próxima cidade Feira de Santana, seguindo na maior parte do tempo na sequencia Vstrom 1000, Vstrom 650, Falcon 400 e XT 660 (essa combinação era a de maior velocidade média, diferente disso integrantes não acompanhava e a velocidade de cruzeiro caia para 100 km/h )
No primeiro viaduto de Feira de Santana as Vstrom’s não conseguiram ler a placa RIO DE JANEIRO (moto não sabe ler), eles estavam um pouco à frente e só consegui vê-los quando passaram por cima do viaduto, eles nos viram e os esperamos na saída.
Seguindo a BR-116 começaram os “Para e Siga” longos trechos, passaram as obras nas estradas e apareceram os pedágios, nos combinamos de cada um pagar os dos quatros, más percebemos que uns demorava mais que os outros para retirar luva, carteira etc. muitas retas, estradas com faixas adicionais para veículos lentos, porém parecia que a saudade já batia e longos trechos com velocidade de cruzeiro de 100km/h, mudávamos a sequencia a Falcon tomava a dianteira tentando aumentar a velocidade, também ouve paradas fora do programado devido o cansaço, a XT perdeu um parafuso da base devido a mesma ser fixada no estribo e ao longo da viagem abri o estribo para alongar os pés, com isso afrouxou o parafuso, uma parada de 10 min para repor.
Por coincidência às 19:10 chegamos em Vitoria da Conquistas, fomos logo abastecer para não perder tempo no dia seguinte, cansados e com preguiça de desapiar as bagagens para subir os 3 andares alguns acharam melhor ficar do jeito que estava, por volta 20:30 depois de abastecer e escolher um teto para dormir chegamos no hotel, ainda não fazia frio
Saímos cedo em direção as Minas Gerais, ainda escuro a Vstron 650 e a Falcon não leram a placa de indicava RIO DE JANEIRO (mais uma vez: moto não lê placa ) ficamos esperando até eles voltarem.
Mais pedágios e para e siga.
Em Divisa Alegre ao começar a descer a serra a primeira surpresa do tempo, nevoa intensa nunca presenciada por nenhum de nós, paramos para registrar o momento.
Logo após esse posto havia um outro do lado oposto da pista, resolvemos seguir viagem em velocidade baixa, más logo vimos que indo devagar e sem saber por quanto tempo perderíamos muito tempo, então antecipamos o café da manha, e resolvi volta para o posto que falei, entrei no pátio do posto e mesmo estando já no pátio não via o posto até perguntei onde estava o dito.
Em terras mineiras sem pedágios estradas com poucos buracos, terceira faixa para veículos lentos e curvas, por diversas vezes fomos ultrapassados devido a grande quantidade de curvas, com as Vstrom’s à frente a velocidade era baixa, ao ultrapassar a moto mais lenta para apreciar as curvas tínhamos que esperar por alguns minutos para manter o grupo junto já que era um trecho de risco, mais alguns trechos em obras e câimbras apareceram.
Passamos por cidades grandes, a técnica usada era de pegar principais cidades e perguntar caso não tivesse placa, porém o Luiz queria voltar porque o GPS dele indicava o sentido contrario, ao ser indagado pela primeira vez perguntei a um frentista e o mesmo confirmou o sentido que íamos, e o cansaço já batia mais forte.
E fomos, perguntando, seguindo e o gps mandando voltar, rodamos; trecho muito estressante: Curva + noite + caminhões, dividir uma curva entre dois caminhões foram diversas vezes (pista com terceira faixa um bi-trem indo outro vindo e você no meio ) ou em curvas e ser ultrapassado por cegonhas, a vontade de chegar já era maior que a prudência tomada, chegamos no trevo indicado, ainda tínhamos muito a percorrer e já tínhamos rodado uns 850 km, estrada estadual, sem acostamento piso molhado sem lua, seguimos encontramos um casal em uma curva parado tentando colocar a moto para pegar, Ciro parou para prestar ajuda, então percebi que a bateria estava com mau contato, coloquei no lugar e a dita funcionou; e o trecho com curvas subindo e descendo continuava, paramos em outro “pare e siga” e o gpsman continuava a falar que estávamos errado então perguntei a um motorista de lotação e ele falou que o único trajeto era aquele que tínhamos feito; mais curva subindo e descendo, estrada em obras e devido britas na pistas e eu Ercilio e Luiz paramos pensando que tínhamos furado o pneus traseiro; comecei a ficar com medo de pane seca da minha moto então ultrapassei os outros e fui aproveitar as banguelas e a velocidade mais próximo a 80 km/h, via luzes se aproximando pensava que era cidade mas eram hidrelétricas e nenhum posto de combustível, 20:00h chegamos em uma localidade 15 km de Mariana-MG.
Antes das 21h chegamos em Mariana-MG rodamos quase 1000 km, fomos direto para um hotel, até ali minha XT não tinha apresentado mais nenhum problema com o radiador, porém por algum motivo não ficamos naquele hotel, então fomos procurar outro hotel e procuramos, procuramos a moto voltou a ferver e continuamos procurando não achamos e voltamos para o primeiro, quase 22h desfizemos as malas.
Em Mariana-MG descansamos um pouco mais a meta era conhecer a cidade vizinha Ouro Preto e dar uma atenção a minha XT, acordamos um pouco mais tarde troquei a agua do radiador e fomos para Ouro Preto, ruas de calçamento estreitas com ladeiras muito acentuadas, logo na chegada vimos uma loja muito sortida de peças de moto, passamos mais tempo comprando que conhecendo a cidade, farol, óleo 90, capa de chuva, óleo para motor, farol auxiliar etc.
Almoçamos e seguimos viagem para a cidade de São João Del Rei, encontramos alguns trechos da Estrada Real.
Por volta das 18h faltando uns 60 km para chegar em São João Del Rei começamos a sentir frio paramos para tomar um café eu aproveitei para colocar forro térmico da jaqueta nunca usado por mim, o termômetro marcava 17°C más acho que era bem menos.
Antes das 19h chegamos em São João Del Rei, dessa vez ficamos no primeiro hotel, fomos dar uma volta na cidade e pegar informações, também aproveitei para ir ao banco, fomos a uma praça e estava tendo uma manifestação, o baseado era livre.
Fomos para outra praça lanchamos por lá Luiz saiu na frente e se perdeu, más como o hotel era de fácil localização fomos esperar por ele lá, ao chegar meu celular toca e era ele dizendo que a moto tinha parado quando voltava pela BR e disse para levar óleo.
Chegando ao local por volta das 23h colocamos um litro de óleo e nem sinal do mesmo, tentamos funcionar a moto más não tivemos êxito, o único jeito foi rebocar até uma borracharia que tínhamos passado para pedir informação, a sorte foi a cinta de prender os baús laterais da moto de Ciro, depois da terceira tentativa e de também usar a tranca dos capacetes à 1:30 da manha chegamos a borracharia.
Durante a noite havia chegado aos 4°C na cidade
Na manha Luiz foi a Honda para poder pegar a Falcon, aproveitei também para trocar o óleo na Yamaha pois as trocas de marchas estavam duras, más antes ao abastecer a moto percebi que tinha deixado o cartão no banco por sorte alguém tinha encontrado e deixado com o segurança, um mecânico da Honda foi buscar a moto, que ao abrir o motor foi detectado que seria necessário a troca do pistão e do cilindro e que seria feito em garantia.
Após o diagnostico Luiz resolveu fica por lá para tratar da garantia com a Honda, e fomos até a cidade vizinha de Tiradentes no meio do percurso encontramos o marco da Estrada Real que mais me interessava pois no ano passado o encontro nacional do clube XT660.net havia sido lá e como não pude ir no encontro fiz questão de ir em outra data para conhecer.
Em Tiradentes ruas de pedras cujo foram jogadas as pedras para cima e a forma que caiam não eram deixadas, conhecemos a Maria Fumaça praças, igrejas e para economizar na sola do tênis voltamos de charrete.
O passeio foi muito emocionante.
No dia seguinte, sábado 13 de Julho, combinamos de seguir viagem e Luiz iria esperar a moto ficar pronta para se juntar a nós, então seguimos para São Paulo, pegamos a Rodovia Fernão Dias, duplicada muitas curvas abertas e pouco movimento tudo pedia para enrolar o punho, esticamos um pouco a 140 e 150 km/h más logo deixamos Ciro com a Vstrom 1000 para trás, chegamos a um pedágio e esperamos um pouco, eu estava um pouco preocupado quanto a chegada na capital, entramos em São Paulo e devido o transito lento a minha moto voltou a ferver, paramos em um posto e instalei o gps olhei o nível da agua completei e seguimos viagem, durante o trajeto encontramos com um motoboy que tinha ido recentemente a Caicó também de moto.
Ao chegar na sede dos Trilhados SP, vi que estávamos sendo acompanhados pelos amigos de Mossoró e também pela facção Trilhados São Paulo que não poderam esta presente más deixaram as portas abertas esperando agente e ótimas dicas para concluir a viagem.
Depois de um belo café da manha seguimos em direção a Curitiba, ainda na saída de São Paulo Ercílio pegou a faixa da direita e teve que acelerar para não ser atropelado pelo ônibus, com isso perdemos a rota e tive que segui-lo até ultrapassa-lo novamente e fazer outro trajeto.
Por volta das 15h chegamos a Curitiba ficamos em um hotel próximo à rodoviária, saímos à noite para fazer um passeio.
Na segunda feira saímos para trocar o óleo das motos e conhecer algumas lojas que sempre recebia e-mail de oferta.
Conhecemos alguns pontos turísticos
Na segunda a noite nos encontramos com Lucio Bot do Clube XT660, e entrei em contato com Naldo da cidade de Penha que havia prometido um churrasco e pernoite, o mesmo informou que o esperasse em frente ao parque de Beto Carrero, íamos chegar em Penhas no final da tarde da terça más sabendo do parque saímos mais cedo para almoçar em Penha, estrada boa quase toda duplicada.
Já em Penha, almoçamos com Naldo do Clube XT660.net e depois fomos brincar com as crianças no parque
Depois de uma queda agora na fila do sacolejo.

E
E a noite o prometido churrasco, e mais informações sobre a Serra e no mesmo dia Clau e Armando ( membros da facção São Paulo ) tinha descido a serra com muita nevoa e visibilidade quase zero, o Naldo falou sobre Ubirici, cidade mais fria do Brasil e que provavelmente íamos ver neve se pernoitássemos por lá.
Quarta feira dia 17 de Julho saímos cedo em direção a Serra do Rio do Rastro belas paisagens más parece que a Heineken afetou um dos integrantes, algumas paradas fora do programado para hidratar, chegamos no pé da serra com o céu aberto.
A XT voltou a vazar pela tampa do radiador, esperei esfria completei e segui viagem.
Tínhamos combinado de dormir em Ubirici ou São Joaquim más devido ter chegado cedo Ciro achou melhor adiantar a viagem, por um dia teríamos visto gelo na pista.
Em Lages ao passar por uma pequena rotatória com óleo na pista fui ao chão, a base do baú lateral se soltou e a bolha quebrou, recoloquei a base usando outra furação e seguimos viagem, perdemos em torno de 25 minutos, chegamos a Vacaria por volta as 20h, muito frio, chegamos a uma passa noite ( não podia ser chamado de pousada ).
Em Vacaria amanhece mais tarde, era 7h da manha e ainda era escuro, saímos em direção à divisa com Argentina, devido a falta da bolha o consumo aumentou em 4 reais por abastecimento, pois a referencia era a DL650 que a minha sempre era mais econômica, pegamos trecho de quase 100km com forte vento lateral.
Chegamos na Argentina, estava planejado para dormir no lado brasileiro pegar algumas dicas trocar dinheiro, abastecer e só no dia seguinte seguir para Argentina, más como chegamos cedo e as informações era que não tinha problema rodar durante a noite apenas separasse 50 pesos para algum problema oficial, estaria tudo tranquilo, o cambio o real valia 3,25 pesos, a carta verde custou R$ 35,00 para passar 15 dias na Argentina.
Na aduana foi um pouco confuso no começo más o policial foi legal, mandou que passássemos com as motos e depois voltasse para carimbar um documento que deveria ser entregue na saída do país, pedi para os outros dois me seguissem e dei o recado para voltar na aduana para pegar o documento, ai fui perguntado se era para voltar para aduana, imediatamente respondi –Não é naquela moita, e o cara ainda me chama de bruto; pegamos os documentos e seguimos com o tanque cheio ainda de gasosa brasileira.
Passamos por diversas blitz cortamos faixas continua e felizmente nenhuma parada, chegamos em Posadas por volta das 20h, muitas obras, poucas placas, sinais que demoravam muito, paramos em um hotel más era muito caro, eles indicaram outro uma diária do triplo foi 600 pesos, descarregamos, fomos até uma padaria fazer um lanche, em frente ao hotel tinha um cassino más resolvemos descansar, combinamos no dia seguinte atravessar a ponte para o Paraguai más o movimento era muito grande, saímos em direção à San Inácio abastecemos à 8,49 pesos o litro algo em torno de R$ 2,64; não tive como ter uma media de combustível 100% gasolina porque apenas coloquei mais 60 pesos para chegar ao Brasil
Ruinas de Jesuítas de Jan Inácio Argentina, muito frio.
Almoçamos por lá mesmo um, saímos em direção ao Brasil e em uma cidade 70 km distante da divisa paramos para tomar um café e colar um adesivo, seguimos tiramos mais algumas fotos e Ercílio sentiu falta da carteira já tinha se apalpado todo e dito que tinha deixado na ultima parada, então falei para eles voltarem enquanto eu ia até a divisa abastecer e voltar, foi quando encontrou no bolso da frente ( isso já era a quinta vez que perdia e achava ) .
Chegamos em Foz do Iguaçu as 18h no dia seguinte compras no Paraguai pela manha e muito frio a tarde para sair.
Marco das três fronteiras.
Em Foz coloquei uma vedação feita de câmara de ar a coloquei na tampa do radiador não vazou mais.
Saímos de Foz do Iguaçu na terça dia 23, depois do café da manhã saímos em direção a São José do Rio Preto, por voltas 9h da manhã estávamos na estrada, muito frio marcava 2°C tivemos que antecipar a parada, pois não aguentávamos as dores nos dedos devido ao frio, eu estava usando luva impermeável e por cima dela uma luva de borracha, os demais luvas simples com luvas cirúrgicas;
Por volta das 20h chegamos em São José do Rio Preto, já tínhamos entrado em contato com Luiz o mesmo tinha chegado ainda dia na cidade e estava procurando um hotel para pernoitar, o melhor lugar (custo beneficio) foi em um motel.
Saímos por volta das 7:30 em direção a Brasília, ainda um pouco frio, na cidade de Prata-MG, Luiz trocou o óleo da moto e almoçamos , depois de Prata começou a esquentar e o cansaço começou a bater, Ciro antecipou a parada em 100 km, como estávamos em velocidade máxima de 130km/h devido estar amaciando a Falcon falei para eles descansarem mais um pouco enquanto eu seguia a viagem com Luiz, começaram a passar motos para o Moto Capital.
No começo da noite chegamos em Brasília, encontramos com o amigo Miguel que nos levou a um hotel.
Ainda tivemos um gás para ir ao Moto Capital e se perder na ida e na volta, na ida foram poucos quilômetros más na volta rodamos uns 40 km a mais.
Moto Capital mesmo sendo no primeiro dia de evento uma quarta feira nenhum evento nordeste mesmo no ápice se igualaria, não sei se devido a grandeza do evento ou pela emoção de rodar boa parte do Brasil e esta voltando para casa, após um erro na rota não acertei a volta creio ter rodado uns 40 km a mais, às 1:30h estávamos no hotel, graças o GPS do celular.
No dia seguinte fomos dar uma revisada nas motos, troca de óleo, o Manoel já tinha procurado onde tinha a bolha da minha moto, agora o GPSMan era o Calango que devido comprar um GPS para moto seguiu na frente, porém nem todas as motos conseguiam seguir, não por causa da velocidade apenas por estarem olhando a paisagem, trocamos o óleo e coloquei a bolha que melhor que encomenda tinha uma bolha usada para vender, depois almoçamos com Manoel e fomos turistar.
Encontramos com um motociclista do Cazaquistão que estava dando uma volta pelo mundo, com carro de apoio guia e fotografo.
Depois do almoço o Manoel nos deixou na Ponte JK, quando saímos de lá eu estava filmando e segui em último, o que fez no primeiro viaduto se separar o grupo, esperamos um pouco Ciro, então combinamos de seguir e ir para o próximo ponto, antes dessa perdida Ciro já estava arquejando (palavras de Luiz)
Após nos encontrar novamente saímos em direção ao hotel, estávamos seguindo bem, até vi onde deveria ter entrado e não entrei ( por estar em 4 motos não ia da tempo de todas mudar de faixa e entrar) segui procurando um retorno continuamos um pouco porém não vejo mais Ciro e Luiz, um cara de Mossoró fez eles pararem para conversar e Ercilio que estava atraz de mim não percebeu e muito menos eu, paramos entrei no GPS do celular, para procurar um ponto de referencia pois não tinha salvo no GPS o endereço do hotel, depois de 25 min estávamos no hotel, chegando lá um pouco depois Ciro liga querendo saber um ponto de referencia, meia hora depois eles também chegam, enquanto fomos descansar para o evendo Ciro foi procurar uma manicure.
Voltamos ao Moto Capital ainda mais motos, algo que vi lá foram o grande numero de motociclistas em motos esportivas, o planejado era ir cedo para o evento para tirar mais fotos das maquinas, más devido a perdida da tarde não deu.
Saímos de Brasília na sexta feira depois do café, como Galvão Bueno diria: Tragam as crianças para casa. Mesmo sendo 6 da manha ainda era escuro, percorremos um grande trecho de sol nos olhos.
Por volta das 11h percorremos uma reta de 215 km de deserto, na verdade plantio de algodão cuja já havia feito a colheita quilômetros e quilômetros de barro vermelho e muitos redemoinhos vermelhos, bonito más devido a vontade de chegar em casa nenhuma foto, o sol já batia forte, Ciro já um pouco cansado foi então que falei para as Vstrom descansar um pouco mais e eu e Luiz seguia viagem, já que a moto deles tinha maior velocidade seria fácil deles nos alcançar e não atrasar a viagem, então foi feito a cidade para nos encontrar era a 300 km, chegamos lá e esperamos, a moto de Ciro acendeu a luz de alerta de temperatura eles resolveram trocar o óleo más ao passar de 140 km/h a luz da temperatura voltou a acender, Ciro me ligou informando do problema que seguíssemos viagem para Seabra, de onde estávamos era mais 200 km, eles continuaram viagem à 130 km/h por volta das 21h chegaram no hotel.
Saímos depois do café, já era sábado tanto a Falcon como a XT tem o carter alto dificultando a medição do nível, na primeira cidade trocamos o óleo da Falcon e perguntamos como estava o trecho até Capim Santo, o mecânico falou que estava um tapete.
Percorremos 80 km e faltava mais 30 para Capim Santo, os próximos 30km, daquele velho barro sabão, era ir com os pés baixo nos piores trechos.
Ercilio seguiu na frente enquanto eu e Luiz seguia Ciro, pois estava com a moto mais pesada, depois de uma curva um rapaz pede ajuda, tinha parado com dois pneus no acostamento e ao tentar sair o carro escorregou, e qualquer movimento que ele tentava o carro escorregava para um buraco
Tentamos de tudo até, para frente para traz, ligado desligado, e só fazia escorregar, até que chegou uma L200, pedi para ajudar e ele foi logo para frente do Siena também começou a escorregar quase batia até pensei que não tinha mais jeito, más ai ele traçou e conseguiu tirar a L200 depois de duas tentativas tirou o Siena.
Por volta das 19h estávamos em uma cidade antes de Cabrobó pedimos informação sobre o trecho, se estava tento assaltos naquela região e fomos informados que estava tranquilo.
Seguimos viagem próximo uns 60 km de Cabrobó senti a corrente da minha moto dar três esticadas na corrente, achei estivesse folgada e estava montando no pião, paramos no posto e rapidamente estiquei pois estava muito folgada, logo após sair do posto sinto mais uma esticada e a corrente quebra, dei sinal de luz e fui para o acostamento fiquei esperando os demais voltar para fazer algo, rebocar etc. logo Luiz chega com uma lanterna fui ver o estrago, corrente, cubo, balança, capa da corrente e pisca. Comecei o trabalho tentando tirar a corrente que ficou enganchada e nada dos demais aparecer, estava com uma corrente reserva que tinha sido usada por uns 5 mil km, más troquei por causa da viagem, em Brasília troquei novamente apenas por cuidado, porém a corrente que vinha usando era KMC para motos de trilha como a 450, não apresentava folga e os orings não se desgastavam, mesmo assim fiz a troca da corrente por outra KMC más só depois que a mesma torou fui ver a referencia e não era a mesma, apenas tinha a marca KMC e não era igual a que estava na reserva, a corrente torou com 1500 km, devo ter trocado a corrente em uns 30 minutos, como estava em um setor um pouco perigoso Luiz falou para tirar o de valor na carteira e celular e esconder no mato; nenhum sinal de Ciro e Ercilio eu já estava pensando que tinha acontecido alguma coisa ruim com eles para eles não voltarem , quando agente estava chegando em Cabrobó eles passam em sentido contrario por nós. Paramos contamos o acontecido e seguimos com velocidade de 120km/h, por volta das 22h chegamos a cidade de Brejo Santo-CE
Saímos no dia seguinte às 8:00h como estava com receio do conjunto enquanto Ercilio montava a bagagem falei que ia sair na frente abastecer e ir devagar para sentir a corrente, segui no rojão de 120 e esperei na divisa entre os estados PB/RN
Faltava 190km para Mossoró, seguimos juntos até Pau Dos Ferros, só faltava mais uma parada.
Chegando à Umarizal fomos recebidos com fogos e com o calor dos amigos e familiares, de lá seguimos para Olho D’água para a toca do Calango onde um bom churrasco nos esperava.
Rodei 9645,5 km.
Agradeço a todos os amigos que nos acompanharam, tanto na internet como nas estradas, hora dando dicas e em outros momentos nos acolhendo em seus lares, e nos acompanhando em suas cidades.

Arnilton Medeiros
Vice Presidente
TRILHADOS MC
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